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Weefor Arq

Menção Honrosa no Concurso Nacional Weefor Arq


Intervir no horizonte continua sendo o constante desafio da arquitetura. Na fronteira do olhar arquitetônico atual, encontram-se diversas questões sobre a mutante necessidade de habitar, do viver e suas inerentes demandas. A proposta de projeto é mais do que uma intervenção no horizonte físico curitibano, é também uma possibilidade de integrar-se e mesclar-se aos horizontes físicos (da cidade), temporais (das demandas) e utópicos (dos sonhos), antes isolados pelos muros da antiga fábrica.


Assim, o projeto para o edifício da Weefor marcará a paisagem contemporânea de Curitiba, ao reavaliar os parâmetros convencionais de habitação praticados no Brasil, e propor soluções que subvertam as lógicas comuns de mercado. A ideia não é projetar um edifício único, que seja o foco da paisagem, mas sim, um objeto que se integre ao horizonte da cidade, e que seja por ele absorvido.


O novo edifício, auxilia a cidade no qual pertence, incitando a vitalidade, sendo energeticamente eficiente e incentivando novos hábitos de morar e se locomover. O espaço da habitação em si, o apartamento, ao ser transformado não é a principal área do edifício. Os ambientes de uso coletivo ganham força, incentivando as interações sociais, a empatia, a troca de experiências e os laços

de amizade. O térreo não possui mais muros que separam o edifício do exterior. Ele agora é um local de transição suave, onde as atividades internas estendem-se para a rua de forma convidativa, colaborando para o desenvolvimento de uma rua viva e inclusiva.


As garagens não serão as mesmas. Ao invés de agrupar carros em um espaço escuro e escondido, moradores que utilizam outros meios de transporte terão autonomia para utilizar seu espaço de vaga para áreas de trabalho, como oficinas, escritórios e salas de reuniões, que transformam um espaço inerte em um espaço produtivo, flexível, aberto e iluminado, cumprindo sua função

social e integrando as novas demandas dos moradores.


Os corredores que levam aos apartamentos não são somente locais de passagem. São lugares para encontros informais, permanência, desenvolvimento do ócio e contemplação da paisagem. É por meio deles, que são distribuídas as áreas de lazer, projetadas para os moradores, focadas no slow-living, pequenos negócios e no senso de comunidade. Os moradores não se isolarão no edifício, e, portanto, não teremos áreas de lazer passíveis de serem oferecidas pelos usos citadinos.


Os apartamentos não serão estáticos. Ao invés de ditarem o modo como os moradores devem viver, as tecnologias construtivas empregadas no edifício permitem que os apartamentos sejam flexíveis e personalizáveis, adaptando-se, sempre que necessário, às mudanças da vida cotidiana das famílias.


As coberturas não terão apenas a função de proteger os moradores das intempéries. Agora são espaços de cultivo por meio de agricultura orgânica com participação comunitária. São locais para aprender sobre saúde, bem estar, cooperação e responsabilidade com o meio ambiente.


A inovação espacial e social é clara, explorando o conceito de coliving, o edifício acolhe diversos arranjos familiares possíveis, incluindo apartamentos e espaços comuns acessíveis com total relação com o espaço em que está inserido, a cidade.


Novos horizontes no contexto social e político serão construídos, imaginados e debatidos. Um novo modo de habitar para moradores que buscam viver mais próximos, de si mesmos, e da cidade.


Equipe: Arq. Eduardo Lopes; Arq. Eduardo Berté; Arq. Gustavo Peters; Arq. Nedilo Xavier.

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